Tecnologias médicas

Tecnologias médicas têm sido um fator dominante no crescimento dos gastos com saúde (Lorenzoni et al., 2019[1]). Os tomógrafos computadorizados (CT) e as unidades de ressonância magnética (MRI) ajudam os médicos a diagnosticar uma série de condições, produzindo imagens de órgãos internos e estruturas do corpo. Os exames de MRI não expõem os pacientes à radiação ionizante, ao contrário da radiografia convencional e da tomografia computadorizada. A mamografia é usada para diagnosticar o câncer de mama, e as unidades de radioterapia são usadas para o tratamento do câncer e cuidados paliativos. Este equipamento é fundamental para uma resposta adequada às doenças, mas o equilíbrio deve ser atingido para garantir a sustentabilidade financeira, já que são tecnologias caras.

O Brasil tem o maior número de tomógrafos com 28 por milhão de habitantes, seguido pelo Chile com 23, e Antígua e Barbuda com 22 (este último é explicado parcialmente pela pequena população do país). No entanto, eles permanecem abaixo da média da OCDE de quase 30. Por outro lado, o Haiti e a Nicarágua têm menos de um scanner CT por milhão de pessoas (Figura 5.3).

Para as unidades de RMN, o Brasil tem o maior número com 14,5 unidades por milhão de habitantes, seguido pelo Chile. Antígua e Barbuda, e Santa Lúcia relatando 11 ou mais unidades por milhão de habitantes. Vários países como Barbados, Dominica, São Cristóvão e Névis, Equador, Nicarágua, Colômbia, Paraguai, Costa Rica e Honduras informam menos de uma unidade por milhão de habitantes (Figura 5.4).

O Panamá informa o maior número de mamografias com 279 unidades por milhão de mulheres de 50-69 anos, em oposição ao Paraguai, Cuba e Haiti com menos de 20 mamografias disponíveis por milhão de mulheres de 50-69 (Figura 5.5).

Na região LAC, apenas Antígua e Barbuda, com mais de 10 unidades por milhão de habitantes, tem uma densidade maior de unidades de radioterapia do que as 7 unidades por milhão de habitantes relatadas nos países da OCDE (mais uma vez a primeira é parcialmente explicada pela pequena população do país). Trinidad e Tobago, Barbados, Uruguai, Suriname e Bahamas são os únicos outros países com mais de 5 unidades por milhão de habitantes, enquanto Belize, Dominica, Grenada, São Cristóvão e Névis e Santa Lúcia relatam não ter nenhuma (Figura 5.7).

Em termos gerais, os países da ALC ainda têm espaço para colocar mais investimento em tecnologias médicas para melhorar o acesso eqüitativo da população. Ao mesmo tempo, tal expansão no acesso pode ser acompanhada pelo desenvolvimento de marcos regulatórios nas áreas de registro, avaliação e regras de compra, bem como na orientação clara do uso clínico das tecnologias médicas com base nas melhores evidências científicas disponíveis. Por exemplo, alguns países da OCDE promovem o uso racional de tecnologias de diagnóstico, implementando diretrizes de prática clínica para reduzir o uso de testes e procedimentos de diagnóstico desnecessários. As diretrizes incluem, por exemplo, evitar estudos de imagem como RM, TC ou raios-X para dor lombar aguda sem indicações específicas (OECD, 2017[2]).

Referências

[1] Lorenzoni, L. et al. (2019), “Health Spending Projections to 2030: New results based on a revised OECD methodology”, OECD Health Working Papers, No. 110, OECD Publishing, Paris, https://doi.org/10.1787/5667f23d-en.

[2] OECD (2017), New Health Technologies: Managing Access, Value and Sustainability, OECD Publishing, Paris, https://doi.org/10.1787/9789264266438-en.

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